The Anachronism of the Types of Wills in the 2002 Civil Code
Keywords:
Law of succession, Testamentary succession, Will, InheritanceAbstract
In this paper, I asked whether the testamentary formalism in the 2002 Civil Code is adequate. My main goal was to overcome the Code’s outdated formalism in inheritance matters. I used the Civil-Constitutional Law as theoretical framework, utilizing the deductive method based on a literature review. I noticed that from the fundamental right to inheritance steams a constitutional duty of proper protection to testamentary freedom. I figured out that the types of wills and the testamentary solemnities required by the 2002 Civil Code makes writing a will a difficult, cumbersome, unattractive conduct. Furthermore, I realized that making a testament still seems to be a 19th-century act, instead of looking like a 21st-century action; it still is an act anachronistically made in paper, whereas we are in a technological, digital era. I concluded that there should be a modernization of inheritance law, with its opening both to audiovisual wills and electronic wills.
Downloads
References
ALEXY, Robert. Teoria dos direitos fundamentais. 2a edição, 4a tiragem. Tradução da 5a edição alemã (2006) por Virgílio Afonso da Silva. São Paulo: Malheiros, 2015.
ALMEIDA, Francisco de Paula Lacerda de. Sucessões. Rio de Janeiro, RJ: Revista dos Tribunais, 1915.
ALVES, José Carlos Moreira. A parte geral do projeto do Código Civil. Revista CEJ, v.3, n.9, set./dez. 1999.
ANDRADE, José Carlos Vieira de. Os direitos fundamentais na Constituição portuguesa de 1976. 2a ed. Coimbra, PT: Almedina, 2001.
ASTRACHAN, John M. Why people don't make wills. Trusts & Estates, 1979.
BAUDRY-LACANTINERIE, Gabriel; COLIN, Maurice. Traité théorique et pratique de droit civil, t.1: des donations entre vifs et des testaments. 2. ed. Paris, FR: Librairie de la Societe du Recueil Gal des Lois et des Arrets, 1899.
BEYER, Gerry W.; HARGROVE, Claire G. Digital wills: has the time come for wills to join the digital revolution? Ohio Northern University Law Review, v.33, 2007.
BOBBIO, Norberto. Da estrutura à função: novos estudos de teoria do direito. Tradução de Daniela Beccaccia Versiani; revisão técnica de Orlando Seixas Bechara, Renata Nagamine. Barueri, SP: Manole, 2007.
BODDERY, Scott S. Electronic wills: drawing a line in the sand against their validity. Real Property, Trust and Estate Law Journal, n.47, 2012.
CANARIS, Claus-Wilhelm. Direitos fundamentais e direito privado. Tradução de Ingo Wolfgang Sarlet e Paulo Mota Pinto. Coimbra: Almedina, 2009.
CANOTILHO, José Joaquim Gomes. Direito constitucional. 6. ed. rev. Coimbra, PT: Almedina, 1993.
CARVALHO, Felipe Quintella Machado de; MAFRA, Tereza Cristina Monteiro. Estado da arte do imbróglio da sucessão do cônjuge em concorrência com os descendentes. Revista de direito de família e sucessão, v.4, n.2, 2018.
CRITCHLEY, Patricia. Privileged wills and testamentary formalities: a time to die? Cambridge Law Journal, vol. 58, n.1, 1999.
DANTAS, San Tiago. Direito de família e das sucessões. Rio de Janeiro: Forense, 1991.
FELICIANI, Ana Lúcia Alves. Testamento por meio eletrônico: é possível? Revista da Faculdade de Direito da UFGRS, Porto Alegre, n.30, 2012.
GRAEFF, Fernando René. Uniões paralelas e direito das sucessões. Revista da Faculdade de Direito da UFGRS, Porto Alegre, n.30, 2012.
GRANT, Joseph Karl. Shattering and moving beyond the Gutenberg Paradigm: the dawn of the electronic will. University of Michigan Journal of Law Reform, n.42, 2008.
HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes. Morrer e suceder: passado e presente da transmissão sucessória concorrente. 2.ed. rev. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2014.
KREICZER-LEVY, Shelly. Inheritance legal systems and the intergerational bond. Real Property, Trust and Estate Law Journal, vol.46, n.3, 2012.
LANGBEIN, John H. Excusing harmless errors in the execution of wills: a report on Australia’s tranquil revolution in Probate Law. Columbia Law Review, vol. 87, n. 1, 1987.
LEITE, Eduardo de Oliveira. Comentários ao Novo Código Civil, volume XXI: do direito das sucessões: arts. 1.784 a 2.027. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
LINDGREN, James. The fall of formalism. Albany Law Review, n.55, 1992.
LÔBO, Paulo. Direito civil: sucessões. 2. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
MANN, Bruce. Formalities and formalism in the Uniform Probate Code. University of Pennsylvania Law Review, vol. 142, 1994.
MAXIMILIANO, Carlos. Direito das sucessões, v. I. 5ª ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1964.
MCENIERY, Ben. Succession Law keeping pace with changes in technology and community expectations – informal wills. Journal of New Business Ideas & Trends, v.12, 2014.
MELLO, Marcos Bernardes de. Teoria do fato jurídico: plano da validade. 14. ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
MENGER, Anton. El derecho civil y los pobres. Trad. de Adolfo Posada. Madrid, Espanha: Librería General de Victoriano Suárez, 1898.
MURPHY, Liam; NAGEL, Thomas. The Myth of Ownership: Taxes and Justice. Oxford, England: Oxford Scholarship Online, 2003.
NONATO, Orosimbo. Estudos sobre sucessão testamentária, v. I. Rio de Janeiro: Forense, 1957.
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tratado dos testamentos, v. I. Leme: BH Editora e Distribuidora, 2005.
REID, Kenneth G. C.; DE WALL, Marius J.; ZIMMERMANN, Reinhard. Comparative Succession Law, vol. I: Testamentary Formalities. Oxford, England: Oxford University Press, 2011.
RIBEIRO, Raphael Rego Borges. O direito fundamental de testar. Revista de Direito de Família e Sucessão, v. 6, n. 1, 2020.
RIBEIRO, Raphael Rego Borges. Superando o rigor quanto às formalidades testamentárias: da substantial compliance ao dispensing power. RBDCivil – Revista Brasileira de Direito Civil, vol.26, n.4, 2020.
RIBEIRO, Raphael Rego Borges. O fracasso da constitucionalização do direito sucessório no Código Civil de 2002 e a necessidade de uma teoria crítica do direito das sucessões. Civilistica.com, a. 10, n. 1, 2021.
RIZZARDO, Arnaldo. Direito das sucessões. 6. ed. rev. e atual. Rio de Janeiro, RJ: Forense, 2011.
RUGGIERO, Roberto de. Instituições de Direito Civil, vol. III. Direito das Obrigações e Direito Hereditário. Tradução da 6a edição italiana, com notas remissivas aos Códigos Civis Brasileiro e Português pelo Dr. Ary dos Santos. – 3a edição. São Paulo: Saraiva, 1973.
SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais: uma teoria geral dos direitos fundamentais na perspectiva constitucional. 12. ed. rev. atual e ampl. Porto Alegre: Livraria do Advogado Editora, 2015.
SARMENTO, Daniel. Direitos fundamentais e relações privadas. 2ª edição, 2ª tiragem. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008.
SNEDDON, Karen. Speaking for the dead: voice in last wills and testaments. Saint John’s Law Review, vol. 85, 2011.
TEPEDINO, Gustavo. O Novo Código Civil: duro golpe na recente experiência constitucional brasileira. Editorial. Revista Trimestral de Direito Civil, vol. 7, 2001.
TEPEDINO, Gustavo. O Código Civil, os chamados microssistemas e Constituição: premissas para uma reforma legislativa. 2001. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/. Acesso em 08 de junho de 2018.
TRITT, Lee-ford. Technical Correction or Tectonic Shift: competing default rule theory under the new Uniform Probate Code. Alabama Law Review, vol. 61, n. 2, 2010.
VELOSO, Zeno. Testamentos – noções gerais; formas ordinárias; codicilo; formas especiais. In: HIRONAKA, Giselda Maria Fernandes Novaes; PEREIRA, Rodrigo da Cunha (coord). Direito das sucessões e o novo código civil. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: direito das sucessões. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2011.