A possibilidade de aplicação da teoria do adimplemento substancial para a suspensão da ordem de prisão do devedor de alimentos

Autores

  • Schamyr Pancieri Vermelho Universidade Federal do Espírito Santo
  • Augusto Passamani Bufulin PUC-SP

Palavras-chave:

Obrigação alimentar, Prisão civil do devedor de alimentos, Adimplemento substancial, Boa-fé objetiva, Dignidade da pessoa humana

Resumo

O presente trabalho tem por objetivo analisar a possibilidade de aplicação da teoria do adimplemento substancial no âmbito do direito de família, como forma de suspender a ordem de prisão do devedor de boa-fé que adimpliu substancialmente a sua obrigação alimentar.  Para construção do trabalho, levaram-se em consideração os conceitos de constitucionalização do direito de família, princípio da boa-fé objetiva, alimentos, adimplemento substancial para, por fim, concluir pela ausência de razoabilidade na manutenção da ordem de prisão do devedor de boa-fé que adimpliu de forma substancial a sua obrigação. Sobre a metodologia, aplicou-se a dedutiva, com utilização de pesquisa bibliográfica e jurisprudencial, com especial análise do HC 439-973-MG. 

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Biografia do Autor

Schamyr Pancieri Vermelho, Universidade Federal do Espírito Santo

Mestranda em Direito Processual Civil pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Especialista em Direito das Famílias e das Sucessões pela Escola Paulista de Direito (EPD). Advogada. E-mail: schamyrp@gmail.com.

Augusto Passamani Bufulin, PUC-SP

Doutor e Mestre em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professor concursado de Direito Civil do Departamento de Direito da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Juiz de Direito do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). E-mail: augustopassamani@terra.com.br.

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Publicado

2022-12-25

Como Citar

VERMELHO, Schamyr Pancieri; BUFULIN, Augusto Passamani. A possibilidade de aplicação da teoria do adimplemento substancial para a suspensão da ordem de prisão do devedor de alimentos. Civilistica.com, Rio de Janeiro, v. 11, n. 3, p. 1–19, 2022. Disponível em: https://civilistica.emnuvens.com.br/redc/article/view/817. Acesso em: 15 set. 2024.

Edição

Seção

Doutrina contemporânea