“Amor é estado de graça e com amor não se paga”? A patrimonialização do afeto no Superior Tribunal de Justiça
Keywords:
Affectivity, Civil law, Family, Paternity, Civil repairAbstract
The more individualistic societies and human relations become, the more importance is attached to love as a supreme source of happiness and recognition. This new dynamic of relations will resonate with the oldest and most solid institutions that humanity has been able to engender, such as marriage and family, which have since been structured on the idea of love, affection and intimacy. In this scenario, this article intends to understand how the Superior Court of Justice has been facing the issue of compensation based on emotional abandonment. This is because, by imposing affection as the only possible foundation of the contemporary family, the law causes emotional abandonment to emerge as a source of civil responsibility, a position here problematized from bibliographic research and brief case law report.
Downloads
References
ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. Tradução de Dora Flaksman. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos Ed., 1981.
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.
BAUMAN, Zygmunt. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
BECK, Ulrich; BECK-GERNSHEIM, Elisabeth. El normal caos del amor. Barcelona: El Roure Ed., 1998.
DIAS, Maria Berenice. União homoafetiva. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
EPICURO. Carta sobre a felicidade: a Meneceu. Tradução de Álvaro Lorencini e Enzo Del Carratore. São Paulo: Ed. UNESP, 2002.
FERRY, Luc. A revolução do amor: por uma espiritualidade laica. Tradução de Véra Lucia dos Reis. Rio de Janeiro: Objetiva, 2012.
GIDDENS, Anthony. A transformação da intimidade: sexualidade, amor e erotismo nas sociedades modernas. Tradução de Magda Lopes. São Paulo: Ed. UNESP, 1993.
ILLOUZ, Eva. O amor nos tempos do capitalismo. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.
LE GOFF, Jacques; TRUONG, Nicolas. Una historia del cuerpo en la Edad Media. Barcelona: Paidós, 2005.
PERUCCHI, Juliana; TONELI, Maria Juracy Filgueiras. Aspectos políticos da normalização da paternidade pelo discurso jurídico brasileiro. Revista Associação Brasileira de Psicologia Política, São Paulo, v. 8, n. 15, p. 139-156, jun. 2008.
PLATÃO. Diálogos: o banquete. Tradução de José Cavalcante de Souza. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1972.
RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e danação: as minorias na Idade Média. Tradução de Marco Antonio Esteves da Rocha e Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.
ROUDINESCO, Elizabeth. A família em desordem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
SOUZA, Vanessa Ribeiro Corrêa Sampaio. Sanções decorrentes da irresponsabilidade parental: para além da destituição do poder familiar e da responsabilidade civil. Civilistica.com. Rio de Janeiro, a. 2, n. 2, abr.-jun./2013.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma exploração hermenêutica da construção do Direito. 11. ed. rev., atual. e ampl. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.
STRECK, Lenio Luiz. Verdade e consenso: constituição, hermenêutica e teorias discursivas. São Paulo: Saraiva, 2011.