Direito transitório na união estável e a comunicação de bens
Palavras-chave:
União estável, Casamento, Regime de bens, Direito intertemporal, Conflito de leisResumo
O presente artigo busca investigar questões relacionadas ao direito patrimonial da união estável, a partir de um estudo de Direito Comparado. Com a constante aproximação entre casamento e união estável, é necessário indagar e apontar quais são as diferenças que ainda persistem entre os institutos e qual é a diretriz para interpretação e integração das normas da união estável. Paralelamente, partindo da premissa de que a união estável é profícua em facta pendentia, analisou-se o desenvolvimento do instituto à luz do direito intertemporal, desde o concubinato até o advento do Código Civil de 2002, com o objetivo de apontar soluções teóricas e práticas para os conflitos de leis no tempo.
Downloads
Referências
ANGELUCI, Cleber Affonso. Da família plural à família singular: dilemas entre união estável e casamento. Revista Brasileira de Direito Civil – RBDCivil, Belo Horizonte, vol. 12, p. 59-73, abr./jun. 2017.
BATALHA, Wilson de Souza Campos. Lei de Introdução ao Código Civil. São Paulo: Max Limonad, 1954, v. 1.
BÉNABENT, Alain. Droit Civil: La Famille. 5. ed. Paris: Litec, 1993.
BITTENCOURT, Edgard de Moura. Concubinato. 3. ed. São Paulo: LEUD, 1988.
CABRILLAC, Rémy. Droit Civil: Les regimes matrimoniaux. 2. ed. Paris: Montchrestien, 1996.
CAHALI, Francisco José. Contrato de convivência na união estável. São Paulo: Saraiva, 2002.
CAMPOS, Diogo Leite de. Lições de direito de família e das sucessões. Coimbra: Almedina, 1990.
CARBONNIER, Jean. A chacun sa famille, à chacun son droit. Essais sur les lois. 2. ed. Paris: Répertoire du notariat Defrénois, 1995.
CARBONNIER, Jean. Droit Civil: La famille, l’enfant, le couple. 21. ed. Paris: PUF, 1995.
CARDOZO, José Eduardo Martins. Da retroatividade da lei. São Paulo: RT, 1995.
CHALVON-DEMERSAY, Sabine. Concubin, Concubine. Paris: Seuil, 1983.
COLOMER, André. Droit Civil: Regimes Matrimoniaux. 5. ed. Paris: Litec, 1992.
DELGADO, Mário Luiz. O paradoxo da união estável: um casamento forçado. Revista Jurídica Luso-Brasileira, ano 2, n. 1, 2016.
DÍEZ-PICAZO, Luis. Las nuevas fronteras y la crisis del concepto de familia. In: El derecho de familia y los nuevos paradigmas. (Coord. CARLUCCI, Aída Kemelmajer). Buenos Aires: Rubinzal-Culzoni Editores, 1999, t. 1.
DUCHET-NESPOUX, Joëlle. Guide juridique et pratique du concubinage. Paris: Vecchi. 1995.
ESPÍNOLA, Eduardo, FILHO, Eduardo Espínola. A Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro. Rio de Janeiro: Renovar, 1999, v. 1.
FRANÇA, Rubens Limongi. Direito intertemporal brasileiro. 2. ed. São Paulo: RT, 1968.
FRANÇA, Rubens Limongi. A irretroatividade das leis e o direito adquirido. 3. ed. São Paulo: RT, 1982.
GALLARDO, Aurelio Barrio. Autonomía privada e matrimonio. Madrid: Reus S.A., 2016.
GIDDENS, Anthony. The third way: the renewal of social democracy. Cambridge, UK: Blackwell, 1998.
GLENDON, Mary Ann. The transformation of family law: State, Law and Family in the United States and Western Europe. Chicago: The University of Chicago Press, 1996.
HAUSER, Jean. L’intégration par le législateur français des normes supranationales de droit de la famille. Paris: L.G.D.J., 1996.
Internationalisation des droits de l’Homme et evolution du droit de la famille: Colloque du Laboratoire d’études et de recherches appliqués au droit prive – Université de Lille II. Avant-propos de Françoise Dekeuwer-Défosser. Paris: L.G.D.J., 1996.
LABBÉE, Xavier. Les rapports juridiques dans le couple sont-ils contractuels? Paris: Presses Universitaires du Septentrion, 1996.
LEVENEUR, Laurent. Situations de fait en droit privé. Paris: LGDJ, 1990.
LIEBMAN, Enrico Tullio. Manual de Direito Processual Civil. Tocantins: Intelectus, 2003, v. 2.
LLOVERAS, Nora, SALOMÓN, Marcelo. El derecho de familia desde la constitución nacional. Buenos Aires: Editorial Universidad, 2009.
MAXIMILIANO, Carlos. Direito Intertemporal. 2 ed. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1955.
MAZEAUD, Henri et Leon, MAZEAUD, Jean, CHABAS, François. Leçons de Droit Civil: La Famille. 7. ed. Paris: Montchrestien, 1995, t. 1, v. 3.
MORAES, Walter. Sociedade civil estrita. São Paulo: RT, 1987.
MOREIRA, José Carlos Barbosa. O novo Código Civil e o Direito Processual Civil. In Reflexos do Novo Código Civil no Direito Processual. (coord. Fredie Didier Jr e Rodrigo Mazzei). Salvador: JusPODIUM, 2006.
MUNIZ, Francisco José Ferreira. A Família na Evolução do Direito Brasileiro. In: TEIXEIRA, Sálvio de Figueiredo (coord.). Direitos de Família e do Menor. 3. ed., Belo Horizonte: Del Rey, 1993: 83-96.
NIBOYET, Frédérique. L'ordre publique matrimonial. Paris: L.G.D.J., 2008.
OLIVEIRA, J. M. Leoni Lopes de. Introdução ao Direito Civil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, v. 1.
PAPAUX VAN DELDEN, Marie-Laure. L'influence des droits de l'homme sur l'osmose des modèles familiaux. Genève: Helbing et Lichtenhahn, 2002.
PENCO, Ángel Acedo. Derecho de Familia. 2. edición. Madrid: Dykinson, 2016.
ROUBIER, Paul. Le droit transitoire: conflits des lois dans le temps. Paris: Dalloz, 2008.
SHORTER, Edward. Naissance de la famille moderne: XVIIIe siècle. Paris: ed. Du Seuil, Points Histoire, 1981.
TEPEDINO, Gustavo. Temas de Direito Civil: A Disciplina Civil-constitucional das Relações Familiares. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.
TERRÉ, François, SIMLER, Philippe. Droit Civil: Les regimes matrimoniaux. 2 ed. Paris: Dalloz, 1994.
VASSEUR-LAMBRY, Fanny. La famille et la convention européenne des droits de l’homme. Paris: L’Hamarttan, 2000.
VILLELA, João Baptista. Alimentos e sucessão entre companheiros: apontamentos críticos sobre a Lei nº 8.971/94. Repertório IOB de jurisprudência. 1995, nº 7.