As razões da pessoa jurídica e a expropriação da subjetividade

Autores

  • Sergio Marcos Carvalho de Ávila Negri Professor Adjunto do Departamento de Direito Privado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora e membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da mesma Instituição

Palavras-chave:

Pessoa jurídica, personalidade; subjetividade, imputação, Doutrina contemporânea

Resumo

O presente trabalho, a partir de uma nova perspectiva de repersonalização do Direito Privado, procurar analisar a assimetria de razões que separam os processos de personificação do ser humano e das pessoas jurídicas. Será demonstrado que os conceitos de personalidade e capacidade de direito são aplicados indistintamente à pessoa natural e à pessoa jurídica. Assim, o trabalho endereça uma crítica a esse modelo de análise, na medida em que as razões que determinaram a personificação do ser humano são negligenciadas, como se fosse possível equipará-las aos motivos presentes na atribuição de personalidade jurídica às sociedades, associações e fundações.

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Biografia do Autor

Sergio Marcos Carvalho de Ávila Negri, Professor Adjunto do Departamento de Direito Privado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Juiz de Fora e membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu da mesma Instituição

Doutor e Mestre em Direito Civil pela UERJ. Especialista em Direito Civil pela Università degli Studi di Camerino (Itália)

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Publicado

2016-12-29

Como Citar

NEGRI, Sergio Marcos Carvalho de Ávila. As razões da pessoa jurídica e a expropriação da subjetividade. Civilistica.com, Rio de Janeiro, v. 5, n. 2, p. 1–18, 2016. Disponível em: https://civilistica.emnuvens.com.br/redc/article/view/265. Acesso em: 1 abr. 2025.

Edição

Seção

Doutrina contemporânea